GERATIVISMO E LINGUAGEM

sábado, 9 de novembro de 2013

RELEMBRANDO " TIPOS DE SUJEITO"

Dando continuidade ao estudo gramatical de base estrutural da análise sintática, a aula de número 8, ainda sob a competente orientação da professora Mônica, foi administrada em 17 de outubro de 2013, com foco nos tipos de sujeito.
Vimos que o sujeito, aquele termo tido como sendo o essencial numa frase (não existe sentido numa oração onde não haja a ocorrência de um sujeito), pode representar o papel de paciente, agente, experienciador, e por aí vai. Tirando de lado raras exceções, a principal característica do sujeito é a de concordar com o verbo, e quanto à sua classificação temos os tipos:

       TIPOS
   CARACTERÍSTICAS
     EXEMPLOS
        

SIMPLES
Dotado apenas de 1 núcleo expresso na oração
Deus é perfeito.
O pai beijou-o com afeto.
Relincham cavalos pretos e malhados.



COMPOSTO
2 ou mais núcleos expressos na oração
Os carros antigos e as motocicletas modernas desfilaram na avenida.
O pai e a mãe o homenagearam diante dos cem convidados.
Amor e ódio andam lado a lado.


ELIPTÍCO SUBTENDIDO OU DESINENCIAL
Não aparece explícito na oração e é determinado pela desinência verbal. É o antigo sujeito oculto.
Quero que meu pai abandone o vício do cigarro. ( sujeito: Eu )
Estamos atentos as constantes mudanças. ( sujeito: nós )
As irmãs se abraçaram longamente. Não se viam a tanto tempo... ( sujeito: As irmãs - oculto apenas na segunda frase )





INDERTEMINADO
Não é possível determiná-lo pois ele não aparece explícito na oração. Contudo existe sim um agente experienciador da ação verbal.
Disseram que ele viria.
Dizem que o estado de saúde dela melhorou.
( Exemplos de verbos na 3ª pessoa do plural )

Precisa-se de auxiliar de enfermagem. Quem precisa ? não se sabe... ( Exemplo de verbo na 3ª pessoa do singular.




INEXISTENTE
Tem como principal marca características a designação por verbos que não indicam ação. A exemplos dos fenômenos da natureza. É também conhecido como oração sem sujeito.
Chove na Irlanda e faz sol no Brasil.
( fenômeno da natureza )
Houve um desfecho satisfatório.
Há ruas interditadas ao longo da via.
( Verbo haver no sentido de existir ou ocorrer
Faz dias que não chove!
Faz frio em São Joaquim.
( Verbo fazer indicando tempo ou clima )


















































  ANOTE AÍ ALGUMAS DICAS!

Acesse o link abaixo e assista a um vídeo de minutos que, de maneira descontraída e          animada, analisa os tipos de sujeito.



SAIBA MAIS DETALHES. APROFUNDE-SE! 
A página do wikipedia tem  muita informação prá você!


EXERCITE SEUS CONHECIMENTOS!
Espaço para você testar seus conhecimentos através de exercícios sobre tipos de sujeito, com resolução comentada.

http://exercicios.brasilescola.com/gramatica/exercicios-sobre-os-tipos-sujeito.htm


EXERCÍCIOS CORRIGIDOS 1

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

RELEMBRANDO "MORFEMA ZERO"

Olá, pessoal! Vocês sabem o que é Morfema zero? Já ouviram falar sobre ele? Sabem se ele de fato existe? Vamos juntos desvendar esse mistério, então. Até porque todos nós temos um morfema zero na vida, não é mesmo?! 

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MORFEMA ZERO

O morfema zero é detectado diante de uma ausência de marca, porém   uma ausência que significa algo, detectada  no português sempre em ambiente de oposição. É um fenômeno de caráter flexional  observado, por exemplo, em substantivos e verbos. Portanto, morfemas são os elementos estruturais das palavras, tais como: RAIZ, RADICAL, TEMA, PREFIXOS, SUFIXOS, DESINÊNCIA (verbais e nominais), VOGAL TEMÁTICA.

Exemplos: "Luz" e "rã" são palavras indivisíveis em unidades menores de significado, portanto têm morfema zero.

Agora, observe um exemplo de análise mórfica dos elementos estruturais da palavra a seguir: MESAS: "MES" é radical, "A" é vogal temática, "MESA" é tema, "S' é desinência nominal de número (plural). O sujeito insere-se dentre os chamados “Termos essenciais da oração”, pois para que uma oração seja dotada de sentido, ela necessariamente precisa conter sujeito e predicado e, em alguns casos, complemento. De acordo com a professora Roberta, para  detectar o morfema zero  necessitamos de muito estudo e parcimônia,  já que há três condições, elencadas por Kehdi, a serem satisfeitas a priori :

1- Constatarmos  que o morfema corresponde a um espaço vazio;


2- O espaço vazio deve opor-se  a um ou mais segmentos ( observação através  de pares comparativos ). Ex.: amava / amávamos  .O vazio final  em “amava” contrapõe-se ao  -mos em amávamos;


3- A noção expressa pelo morfema zero deve ser inerente à classe gramatical do vocábulo examinado . Ex.: se observarmos  quaisquer  flexões verbais, obrigatoriamente  ocorrerão nelas referências de número  e pessoa (podendo ser  o morfema zero, a referência encontrada).   

Kedhi  atenta  para o fato de que enquanto “o morfema zero ocorre entre  uma série de morfemas, o alomorfe zero  ocorre entre uma série de alomorfes “.
Exemplos de morfema zero em português: Observando substantivos no singular e no plural  vemos que a ocorrência do "s" é regular para marcar o plural das palavras. Porém o singular apresenta a ausência de marcas (menino / meninos) .


ADJUNTO - ADVERBIAL E ADNOMINAL


Em nossa sétima aula presencial, ainda no terceiro semestre – que para outros alunos vai corresponder ao quarto – a professora Dra. Mônica Oliveira fez questão de repassar à turma um tema que, embora de conhecimento geral, se faz importante quando da clareza de seu entendimento para um posterior avanço da matéria analítica. 
Como forma de fixar valores e assim torná-los amadurecidos enquanto elementos básicos na aplicação dos sintagmas, essa noite de quinta-feira, 12 de agosto de 2013, foi destinada ao estudo dirigido do aprimoramento do conceito e das funções do adjunto em suas formas: ADVERBIAL e ADNOMINAL.


De acordo com a gramática, adjunto adnominal é o termo da oração que denota uma circunstância ao sugerir a ideia de tempo, lugar, modo, causa, finalidade, etc. É ele quem modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio.
Atentemos aos exemplos que seguem:

Os membros da comunidade se respeitam muito.
(“muito” intensifica a forma verbal, que é núcleo do predicativo verbal).

Sua iniciativa é muito louvável.
(“muito” intensifica o adjetivo, que é núcleo do predicativo do sujeito).

Eles se comportaram muito mal.
(“muito” intensifica o advérbio, que é núcleo do adjunto adverbial de modo).

Nas três orações recém-citadas como exemplo, o termo muito é denominado ADJUNTO ADVERBIAL DE INTENSIDADE.

Usando, agora, os mesmo exemplos dados em sala de aula a título de ilustrar o que cada termo em destaque representa circunstancialmente, dentro de uma oração, temos:

Amanhã voltarei de bicicleta   àquela velha praça.


 TEMPO                    MEIO               LUGAR

É justamente a circunstância expressa pelo adjunto adverbial que vai, por assim dizer, dar conta de classificar cada termo em, respectivamente:

Ø  Adjunto Adverbial de Tempo
Ø  Adjunto Adverbial de Meio
Ø  Adjunto Adverbial de Lugar

São três as formas de se expressar o adjunto adverbial. À saber:

Ø  ADVÉRBIO: O balão caiu longe.
Ø  LOCUÇÃO ADVERBIAL: O balão caiu no mar.
Ø  ORAÇÃO: Se o balão pegar fogo, avisem-me.

Quanto ao adjunto adnominal, diz-se que é o termo que determina, especifica ou explica um substantivo. Possui função adjetiva na oração, função essa que pode ser exercida por:

Ø  ADJETIVOS
Ø  LOCUÇÕES ADJETIVAS
Ø  ARTIGOS
Ø  PRONOMES ADJETIVOS
Ø  NUMERAIS ADJETIVOS

O artista visionário expôs  duas impressionantes obras   na sua exposição no exterior.


Núcleo do Sujeito Determinante Simples     Núcleo do Objeto Direto   Núcleo do Objeto Indireto

Esmiuçando o enunciado, concluimos que:

O artigo “o” e o adjetivo “visionário” referem-se ao “artista”;
O numeral “duas” e o adjetivo “impressionantes” referem-se ao substantivo “obras”;
O artigo “a” (da contração “na” = em + a), o pronome adjetivo “sua” e a locução adjetiva “ no exterior” são adjuntos adnominas de “exposição”.

Sem mesmo que o verbo participe, é notória a atuação do adjunto adnominal no que diz respeito à sua conexão direta com o substantivo. Mais evidente essa ligação se torna quando substituímos o substantivo por um pronome.
Novamente tomando o exemplo de oração dado em sala de aula, temos:

O notável poeta português deixou uma obra originalíssima.

A partir do exemplo acima, trabalhou-se a questão da substituição, onde pôde-se perceber que todos os adjuntos ao redor do substantivo tiveram de acompanhá-lo nesse processo.

Dando, pois, sequência ao raciocínio, obtivemos:

Ele deixou uma obra originalíssima.

O pronome “ele” substituiu o substantivo poeta, e carregou junto dele todos os demais elementos de referência, concluindo que tanto o artigo “o” quanto os adjetivos “notável” e “português” sofreram uma espécie de ocultação. Substituindo, agora, o substantivo “obra” pelo pronome “a”, chegamos à seguinte condição:

O notável poeta português deixou-a.

A” substitui obras e originalíssima, pois ambos os termos tratam de adjuntos adnominais.

Para diferenciar o adjunto adnominal do predicativo do objeto é importante considerar que o primeiro é sempre parte de um outro termo sintático, o qual tem um substantivo como sendo o núcleo. Já o predicativo do objeto vai se conectar ao objeto por meio de um verbo. Assim, ao colocarmos um pronome no lugar do objeto direto, o termo que continuará na oração é o predicado, pois ele se refere ao objeto, embora não faça parte dele. Analisemos a oração abaixo:

Sua conduta deixou o professor pasmo.

O termo pasmo exerce, nesse caso, função de predicativo do objeto direto (o professor). Em uma experiência de comutação, ao trocarmos esse objeto direto por um pronome pessoal, teríamos:

Sua conduta deixou-o pasmo.

Mas atenção! Vale salientar que, embora pasmos se refira ao objeto, ele não faz parte dele.


COMO DIFERENCIAR UM ADJUNTO ADNOMINAL DE UM COMPLEMENTO NOMINAL?                                                                            VOCÊ SABE???

Não é nada difícil fazer confusão nessa hora! Para distinguirmos o adjunto adnominal na forma de locução adjetiva do complemento nominal, vão aí duas dicas:
Ø  Enquanto os complementos nominais podem ligar-se a adjetivos, advérbios e substantivos, os adjuntos adnominais são acompanhados de substantivos, apenas. A ausência de preposição que faça o papel de ligar os termos indica que se trata de um adjunto adnominal.
Ø  Por se relacionar somente a substantivos com significados que transitam, o complemento nominal equivale a um complemento verbal, o que torna seu valor passivo, recebedor da ação. Por outro lado, o adjunto adnominal tem valor ativo, é detentor da ação.


Segue abaixo mais dois exemplos extraídos do material de que nos foi fornecido em sala de aula:

CAMILA TEM MUITO AMOR À MÃE.                                      


       Mãe recebe a ação, é paciente de amar, e dessa forma classifica-se como complemento         nominal


     VERA É UM AMOR DE MÃE.


     Temos aqui um adjunto adnominal, pois “mãe” pratica a ação, é agente de amar.


Referências:

Fonte: [http://www.soportugues.com.br/ secoes/sint/sint19.phd]
  
           [http://www.soportugues.com.br/ secoes/sint/sint21.phd]

P.S: O material de apoio trabalhado pela professora foi extraído de um endereço eletrônico e se encontra disponível na rede para pesquisas.